Pistoleiro foi o primeiro a chegar para monitorar passos da vítima durante 30 dias; comparsa e mandante chegaram sozinhos, mas no dia do crime
O delegado da Policia Civil, Caio Fernando, afirmou que os três suspeitos presos de tramar e executar o advogado Roberto Zampieri estavam juntos no dia do crime em Cuiabá. O pistoleiro Antônio Gomes da Silva foi o primeiro a chegar para fazer o monitoramento da vítima durante 30 dias. O comparsa Hedilerson Fialho Martins Barbosa e a mandante Angélica Caixeta Gontijo chegaram mesmo dia, mas em momentos diferentes. A mulher, inclusive, utilizou uma Montanha blindada, mesmo carro com o qual foi presa em um posto de combustível em Patos de Minas.
Conforme o delegado, imagens de câmeras de segurança do escritório da vítima e das rodovias desenharam os passos do trio. A exposição foi classificada por Caio Fernando como uma "empreitada mal feita" já que os investigados acabaram mostrando o rosto.
"A gente também recebeu os vídeos da vigilância do escritório. A empreitada dos executores realizaram, mal feita, expôs a face deles e conseguimos identificá-los. A gente chegou no hotel que ficaram hospedados, seguimos o passo a passo através das câmeras", disse o delegado.
Antônio, o atirador, chegou a se passar por cliente do advogado. Indo até o seu escritório disfarçado com boina e muleta um dia antes de atirar. Essa aproximação permitiu que Antônio identificasse o momento em que Zampieri estaria sozinho.
"O Antônio fez a vigilância do dr. Zampieri por aproximadamente 30 dias. E o Hedilerson chegou no dia do homicídio e foi embora no outro dia", falou o delegado.
Angélica Caixeta veio de carro, em sua Montana blindada. A mulher ficou hospedada em hotel e também foi identificada pelas câmeras. Por coincidência, a suposta mandante foi presa em Patos de Minas em um posto de combustível no mesmo veículo.
"Os policiais estavam em campana e estava em um posto fazendo uso do seu veículo, uma Montana blindada, mesmo veículo que foi constato pelas câmeras que chegou à Cuiabá no dia dos fatos", esclareceu Caio Fernando.