Policial

27/08/2020 13:59

Princípio de chuva são relatados na capital

Cuiabanos que moram na região do Jardim Florianópolis, Ribeirão do Lipa e região, próximo a saída de Cuiabá com destino ao Distrito da Guia e Chapada dos Guimarães relataram um princípio de chuva nesta quinta-feira (27). Apesar de bastante fraca, a queda de água já serviu para trazer um refresco e aumentar o anseio por uma trégua no calor e baixa umidade.

Um dos locais em que os pingos de chuva começaram a cair foi no aeroporto que fica na Bom Futuro. Um morador do bairro Jardim Florianópolis também relatou da área da sua casa  que ficou toda molhada com leve precipitação que caiu nesta manhã.

As previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), que é ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que as possibilidades de chuva para os próximos dias é mínima (5%). As máximas devem continuar na casa dos 41ºC.

A ânsia dos cuiabanos para a tão esperada chuva deve continuar. A expectativa, segundo a chefe do 9º Distrito de Meteorologia (9º Disme), Marina Padilha, é que as precipitações voltem a cair na primeira quinzena de setembro.
 
“Por enquanto, as nossas previsões não apontam chuva para os próximos dias, o que é normal para o Estado neste período. Continuamos no nosso inverno de 40ºC. A primeira começa no dia 23 de setembro e acreditamos que as primeiras chuvas devem cair na primeira quinzena de setembro, como ocorre normalmente”, explicou Marina 

A meteorologista não descarta a possibilidade de pancadas isoladas em algumas regiões, principalmente de Mato Grosso, como tem acontecido. Porém, principalmente em Cuiabá, a chuva só deve chegar mesmo neste período.
 
Quando chegar, a chuva deverá vir acompanhada de muito vento. Por isso, a chefe do 9º Distrito alerta para a ‘temporada de tempestades’ que tende a causar estragos na capital mato-grossense. “A tendência é de muito vento, raios e pouca quantidade de água. É um período problemático”.
 
A chuva é aguardada em Mato Grosso para dar um refresco nas intensas queimadas que assolam as vegetações no Estado, principalmente o Pantanal. O bioma possui cerca de 15 milhões de hectares de extensão territorial, sendo 10 milhões localizados em Mato Grosso. Deste total, de acordo com o Ibama, do início de 2020 até a semana passada, o fogo já havia destruído 1,55 milhão de hectares, área equivalente a dez municípios de São Paulo.
 
Levantamento realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) aponta que, somente nos primeiros 13 dias de agosto, 1.317 focos (51%) ocorreram na porção mato-grossense do bioma e outros 1.261 focos (49%) na porção do bioma em Mato Grosso do Sul. Ao todo, se considerarmos os dois estados, o Pantanal já perdeu 10,3% de sua cobertura vegetal.
 
Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar a dimensão do estrago causado pelo fogo, principalmente porque a expectativa é de que no mês de setembro a seca castigue ainda mais a região.
 
Este é o maior incêndio ocorrido no Pantanal nos últimos 14 anos, que enfrenta ainda o avanço do desmatamento e uma das maiores estiagens observadas na história recente. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os primeiros sete meses de 2020 foram os que registraram mais queimadas em comparativo ao mesmo período de anos anteriores.


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