JURIDICO

06/06/2023 09:58

Procurador cita ação orquestrada de prefeito e afirma que município não quer discutir o pós-intervenção

Fonte Leia Agora

Para ele, que integra a equipe de intervenção estadual, isso ficou muito claro com a quantidade de servidores que se fizeram presentes no evento na Assembleia Legislativa

O procurador estadual Hugo Fellipe Lima afirma que o município de Cuiabá não quer debater a saúde da Capital e o pós intervenção e ainda acusa o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de ter orquestrado toda uma situação, a fim de impedir que o tema fosse debatido na tarde desta segunda-feira (5), durante conferência "O Futuro da Saúde em Cuiabá Pós Intervenção".

Para ele, que integra a equipe de intervenção estadual, isso ficou muito claro com a quantidade de servidores que se fez presente no evento que ocorreu na Assembleia Legislativa.
Servidores municipais e figurinhas carimbadas do Palácio Alencastro lotaram o auditório Milton Figueiredo munidos de cartazes. Eles, inclusive, protestaram durante quase toda audiência, o que fez com que Hugo deixasse o local sem dar a sua contribuição.
“Está muito claro que ninguém quer discutir os problemas da saúde e do pós-intervenção. Tem um grupo que veio a pedido da prefeitura e a gente não consegue falar. A gente tem muito trabalho e por isso estou indo embora”, disse ao deixar o local.
Questionado se acredita que essa seria uma ação orquestrada do município, ele respondeu que sim. “Com certeza absoluta”, afirmou.
Por outro lado, ele fez questão de citar os avanços promovidos pela equipe de intervenção durante esses 90 dias de trabalho. “A gente tomou decisões emergenciais como contratação de médicos, remédios, reestabelecimento de serviços, reestabelecimento de exames, de atendimento da atenção primária, secundária, terciária, mutirões de cirurgia, enfim, mas de fato, precisa existir o pós-intervenção e isso precisa ser debatido”, colocou.
Vale lembrar que a intervenção estadual na saúde de Cuiabá pode ter fim ainda nesta primeira quinzena do mês de junho, caso o Tribunal de Justiça não acolha o pedido do Ministério Público, que solicitou que a medida fosse prorrogada até 31 de dezembro deste ano.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já se manifestou favorável ao pedido, e a decisão está nas mãos do desembargador Orlando Perri, relator do processo no Judiciário de Mato Grosso.


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