Procurador-geral de Justiça defende “pena máxima” no caso Emelly Sena: "crime que choca a sociedade"
O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Rodrigo Fonseca, disse que ficou assustado com o assassinato da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos. Ele defendeu a aplicação de penas máximas para a autora do crime. Nataly Hellen Martins Pereira, de 25 anos, confessou o crime.
“É uma questão que assusta a todos. É uma forma, vamos dizer, totalmente atípica e cruel de praticar um crime. E o que a gente pode fazer agora, como Ministério Público, é tomar medidas mais drásticas possíveis e aplicar a legislação, tanto processual como penal, para que seja punido severamente esse absurdo que aconteceu”, afirmou Fonseca.
O procurador-geral destacou a importância de que a dosimetria da pena leve em consideração a crueldade do crime. “Na hora de fazer a dosimetria da pena, espero que o Poder Judiciário leve em conta toda a crueldade do crime, porque a pena sempre varia, dos limites mínimos e máximos, e um caso desse é para se aproximar muito da pena máxima”, disse.
“Eu recebi a notícia também pela imprensa, a gente não é onipresente. Na verdade, tem colegas em todos os lugares tratando das diversas áreas, e é um crime que choca a sociedade, choca qualquer ser humano ver tamanha crueldade e tamanho absurdo. Agora, cabe a nós aplicar a legislação da forma mais, vamos dizer assim, drástica que a legislação permite”.
O corpo de Emelly foi localizado pela polícia na manhã de quinta-feira (13) nos fundos de uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
Nataly Hellen Martins Pereira, 25 anos, confessou que matou a jovem para ficar com o bebe. Ela e seu esposo, Christian Albino Sebastian de Arruda, foram detidos após irem a um hospital com a criança tentando obter um documento
Durante as buscas na casa, Cícero Júnior e Alédson Junior foram detidos no local. Cristian, esposo de Nataly, foi preso junto com Nataly ao levar a criança para o hospital alegando que o bebe havia nascido de parto normal.
Contudo, os 3 homens foram liberados na quinta à noite após serem interrogados pela Polícia Civil, que não visualizou elementos para manter a prisão deles. Eles, contudo, seguem sob investigação.