Fechamento de trincheira preocupa comerciantes
Gleid Moreira GD
Com pouco mais de 6 anos de uso, a trincheira Jurumirim, localizada na avenida Miguel Sutil, será totalmente interditada nos dois sentidos para correção na estrutura. A obra, que poderá durar pelo menos 6 meses, segundo o secretário de Obras Públicas da Capital, José Roberto Stopa, já preocupa comerciantes da região, que temem as perdas com o fechamento de uma das principais vias de Cuiabá.
Segundo empresários da entorno, durante a construção da trincheira, que durou cerca de dois anos e meio, até a entrega, o orçamento do comércio foi comprometido para alguns, com perdas de 50% a até 90%. A obra, que nunca foi 100% concluída, tem vários trechos da malha viária comprometidos, com aspecto emborrachado e desgastado. Nas paredes laterais, o líquido que escorre e que até então era visto como infiltração, para a vizinhança que acompanhou a obra, na verdade se trata de esgoto.
“Se fechar essa trincheira, o comércio aqui vai parar tudo”, diz o empresário Pedro Hossaki, que tem uma gráfica na esquina da Miguel Sutil com a João Gomes Sobrinho. Comenta estar surpreso com a interdição, uma vez que já foi penalizado por mais de dois anos com a construção da via. Se diz preocupado, principalmente pelo fato do seu estabelecimento gerar oito empregos diretos.
Com a mesma indignação, Osmar Gonçalves revela que já se aborreceu muito com os prejuízos sofridos desde o início da construção da trincheira e se entristece ao saber da nova interdição. Destaca que a obra sempre teve muitos erros, no entanto, as reclamações de empresários do local nunca resolveram a questão, entre elas a do citado esgoto.
Alex Pereira, proprietário de uma mecânica na mesma via, lamenta pelo transtorno. “Aqui, por volta das 18 horas já fica um inferno entre a avenida dos Trabalhadores e a João Gomes Sobrinho, imagina com a trincheira fechada? Será inviável”.
Por se tratar de intervenção no perímetro urbano do município, o secretário Stopa enfatiza que uma equipe técnica do município, em parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), está analisando o projeto de drenagem que será realizado no local.
