FAMÍLIA RIVA Documento aponta que deputada indicou irmão na Saúde de Cuiabá
Redação:GD
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) teria indicado o seu irmão, o médico José Geraldo Riva Júnior, para trabalhar na Empresa Cuiabana de Saúde Pública em 2019. Pelo menos é o que aponta documentos apreendidos durante a Operação Capistrum deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) no mês passado e que afastou Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo de prefeito.
A lista com o nome de Riva Júnior foi apreendida com a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, em uma sala denominada "Núcleo de Apoio à Primeira Dama, dentro do Palácio Alencastro, sede oficial da prefeitura da Capital.
"Trata-se de uma lista impressa em 02 (duas) páginas com o título “Evento: 20367 – PRÊMIO – ECSP”, com seis colunas assim denominadas: nome, matrícula, cargo, admissão, valor e observação. Na referida lista há 65 (sessenta e cinco) nomes de contratados com os respectivos cargos e possíveis responsáveis pela indicação", diz trecho do documento anexada à medida cautelar de afastamento que será julgado pelo Tribulnal de Justiça.
A contratação de Riva Júnior ocorreu em 2019 e ele teria permanecido até julho de 2020, curiosamente após a deputada estadual Janaina Riva e Emanuel Pinheiro entrarem em rota de colisão. "JOSÉ GERALDO RIVA JUNIOR, contratação em 10/2019, com a ausência de informações financeiras a partir de Agosto de 2020, por ainda constar em exercício no último mês informado (Julho/2020)".
A frente do nome de Riva Júnior estaria o de sua irmã, deputado Janaina Riva, como quem fosse a responsável pela indicação ao cargo. Além dela, aparece vários vereadores, ex-vereadores e secretários na lista de indicações.
Operação Capistrum
Deflagrada em 19 e outubro pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), a Operação Capistrum decretou busca e apreensão e sequestro de bens em desfavor do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro e sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto, da secretária-Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, e do ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.
Considerado o braço direito de Emanuel desde à época em que o emedebista era deputado estadual, o chefe de gabinete chegou a ser preso em apartamento de luxo, localizado no bairro Santa Helena. Agora, ele usa tornozeleira. Todos os investigados continuam afastados de suas funções públicas.
De acordo com o MPE, os investigados estariam ligados a um esquema está de indicações políticas e contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Os contratados tinham direito ao benefício do 'Prêmio Saúde', que pagavam até R$ 6 mil a mais para os comissionados.