Saúde

25/10/2021 20:24

IRREGULARIDADES NA SAÚDE Mendes diz que Emanuel é 'incompetente' ou é 'mandante' de esquemas

Redação: GD

O governador Mauro Mendes (DEM) criticou o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) apontando que ou o gestor foi "incompetente" ou foi o "mandante" dos esquemas ilícitos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá.

O apontamento do democrata foi feito após evento que apresentou a meta de neutralização do carbono em Mato Grosso, na manhã desta segunda-feira (25), no Palácio Paiaguás.

O chefe do Executivo estadual foi questionado se o fato de o afastamento do prefeito de Cuiabá - que já havia sinalizado uma possível candidatura à disputa a governo em 2022 - poderia de alguma forma "facilitar" uma eventual reeleição de Mendes.

À imprensa, o governador afirmou que "nunca se preocupou com isso". Mendes destacou a necessidade de investigação das denúncias que pesam contra o Executivo municipal e relembrou os sucessivos afastamentos de secretários da gestão Pinheiro.

 "Acho que todas as denúncias têm que ser apuradas. E o Emanuel vinha aí em uma sequência de 7 secretários afastados por corrupção. Não poderia dar outra: ou ele era um grande incompetente ou um grande comandante", disse.

 O governador afirmou ainda lamentar que Cuiabá esteja "passando por essa vergonha gigante" de ter um prefeito afastado, o que foi inédito na história da Capital mato-grossense.

 Aos presentes, Mendes se mostrou aberto a um estreitamento das relações com o prefeito em exercício de Cuiabá, José Roberto Stopa, que já foi secretário do gestor no período em que o democrata esteve à frente do Palácio Alencastro.

 Afastamento de Emanuel

O prefeito foi afastado na última terça-feira (19) no âmbito da Operação Capistrum, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público.

 O afastamento foi determinado pelo desembargado Luiz Ferreira da Silva, após informações levantadas em acordo firmado pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas.

 Emanuel foi afastado por supostamente utilizar contratos temporários da Saúde da Capital como moeda de troca em favor de arranjos políticos com vereadores, o que teria sido tratado pelo próprio gestor como um "canhão político".

 Além do afastamento de Emanuel, a operação ainda contou com a prisão temporária do chefe de gabinete do emedebista, o advogado Antônio Monreal Neto, que teria tentando obstruir a investigação de irregularidades na SMS.

 Outro ponto de destaque da ação diz respeito ao bloqueio de contas do prefeito, da primeira-dama Márcia Pinheiro e de outras pessoas ligadas à gestão. Ao todo, foram sequestrados R$ 16 milhões que seriam referentes ao possível rombo causado em virtude do pagamento irregular do "Prêmio Saúde".


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