Saúde

25/09/2019 16:00

Indústria é investigada suspeita de espalhar “mau cheiro” em bairros de VG e Cuiabá

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) deve ter acesso ainda nesta semana a um relatório elaborado por uma auditoria independente que realizou a análise da origem de um “mau cheiro” que paira todas as noites no município de Várzea Grande, na região metropolitana, além de vários bairros de Cuiabá. A informação é de uma reportagem do MT TV 1ª Edição, da TV Centro América, que foi ao ar na última terça-feira (24).

A auditoria independente foi contratada pela Sebo Várzea Grande Indústria e Comércio de Produtos Animais (também conhecida como Sebo Jales), localizada na Passagem da Conceição, em Várzea Grande. A empresa teve que solicitar os serviços de análise do tratamento de seus resíduos após uma notificação da Sema-MT.

Segundo a reportagem, a organização tem licença de operação até o ano de 2021 e é obrigada a cumprir obrigações ambientais, entre elas, visitas a moradores da região que devem relatar eventuais consequências em seu cotidiano da atividade industrial da organização – entre elas o mau cheiro que permeia o ar.

O superintendente de licenciamento da Sema-MT, Valmi Lima, declarou que o trabalho de levantamento feito pela auditoria independente deverá detectar a origem do problema permitindo futuras ações do Poder Público. A fiscalização foi realizada das 16h às 8h do outro dia.

“Por isso a nossa exigência em relação ao trabalho é que eles começassem 4 horas da tarde e só terminassem no outro dia às 8 horas da manhã. O que eles alegam é que não são eles e que existem outras atividades industriais da região. Esse relatório vai apontar com clareza: o que e quem. Detectando quem tem o problema autua-se e se estabelece as medidas necessárias para resolver o problema”, disse ele.

O desconforto pelo mau cheiro em Várzea Grande – e em pelo menos 11 bairros de Cuiabá, do Santa Amália à região da Cidade Alta -, é antiga. Diversas reclamações e matérias jornalísticas vem sendo realizadas pelo menos desde o ano de 2010 sem que uma solução definitiva para o problema fosse implementada.

Uma outra matéria, do site Olhar Direto, do início de 2019, revelou que a Sebo Jales já investiu pelo menos R$ 10 milhões desde o ano de 2011 para amenizar os odores residuais de sua produção industrial.

A cidade de Várzea Grande conta com outras empresas do mesmo segmento da organização suspeita de poluição atmosférica. Essas organizações utilizam como matéria prima ossos de animais para a fabricação de sabão, sabonete, biodiesel e até ração animal. 


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