Policial

08/11/2021 13:08

ESQUEMA NA SAÚDE08 Juiz mantém prisão e "laranja" de ex-secretário vai para a PCE

Redação:MidiaNews

"Sócio" de cervejaria, Liandro Ventura da Silva se entregou à Polícia Federal na última quinta-feira (4)

A Justiça Federal manteve a prisão preventiva do  empresário Liandro Ventura da Silva, que foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE) por não possuir ensino superior.

A prisão foi mantida pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, durante audiência de custódia realizada na última sexta-feira (8). O processo corre em segredo de Justiça.

 

Liandro se entregou à Polícia Federal na quinta-feira (4), uma semana depois de ter o mandado de prisão expedido na Operação Cupincha, segunda fase da Curare, que apura desvios na Saúde Pública de Cuiabá. 

 

Na ocasião foram presos o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur.  

 

A suspeita da PF é que Liandro e suas empresas - entre elas a Cervejaria Cuyabana - foram usados para lavar o dinheiro desviado da Saúde.

 

Conforme as investigações da Polícia Federal, Liandro seria um suposto “assistente” de Célio. Entre as empresas em que seriam sócios, está a cervejaria, que está no nome de Liandro e da esposa de Célio, Joany Costa de Deus.

 

Ocorre que, para a PF, Célio e Paulo Roberto seriam “sócios ocultos” da empresa, e esta seria usada para receber e ocultar o recebimento de recursos públicos desviados.

 

Operação Cupincha

 

Além das prisões, a operação também cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e bloqueou R$ 46 milhões em bens dos investigados.

 

Conforme a PF, o grupo empresarial investigado, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões da Prefeitura. O grupo teria se mantido à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de propina.

 

O esquema na Secretaria de Saúde, conforme as investigações, funcionava por meio de reiteradas contratações emergenciais de empresas para prestar serviços em hospitais públicos, contrariando a Lei de Licitações.  

 

Segundo a PF, após a Prefeitura pagar pelos "serviços" prestados aos hospitais, os recursos paravam em contas de empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, e passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos. O objetivo, segundo a PF, era tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

 


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