Economia

06/10/2021 22:10

ESCASSEZ DE COMPONENTES Venda de carros novos cai 13% em Mato Grosso

Redação: FolhaMax

O setor de distribuição de veículos automotores em Mato Grosso percebeu uma queda de crescimento com uma redução nos volumes de emplacamentos. 

 Segundo o diretor da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em Mato Grosso, Paulo Boscolo, em todos houve queda em todos os segmentos de veículos.
"São 7.777 emplacamentos em todos os segmentos, automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas contra 8.445 no mês de agosto. Se a gente

comparar com setembro do ano passado, a gente percebe uma redução considerável de 13% nos emplacamentos", disse.

Boscolo destaca que essa queda é pela falta de veículos novos, em função da escassez de componentes na indústria. É um fenômeno global, que atinge outros países, como os Estados Unidos, por exemplo.

"Falta especialmente conectores, eletrônica, borracha, chapa para estamparia e acredito que não tem nenhuma planta estabelecida no Brasil ou no mundo com 100% da sua capacidade de produção", observa.

No Brasil, o setor registrou queda de 4,43%, na comparação de setembro com agosto deste ano. Em relação a setembro de 2020, a queda foi de 14,37%. O total de veículos emplacados no mês foi de 281.054 unidades, o que coloca o mês de setembro de 2021 na 15ª.

A Fenabrave anunciou a revisão das projeções para o ano. Na análise divulgada em julho, havia expectativa de crescimento de 13,6% sobre 2020. Agora, a projeção aponta alta de 11,1% para todo o setor.

Porém no estado de Mato Grosso, no acumulado do ano, o setor ainda tem um índice positivo. "Tudo que foi emplacado até o final de setembro do ano de 2021 é 18,4% superior ao mesmo período a 2020. nós temos um destaque muito positivo para o segmento de caminhões e ônibus, embora a referência nominal seja pequena, mas mesmo assim falamos de 52% de crescimento. Ainda temos 20,4% de crescimento de automóveis e comerciais leves e 10% na venda de motocicletas" disse Boscolo.

No entanto, o diretor diz que ainda é difícil fazer uma boa previsão para o futuro. "A cada revisão que é feita surge um novo imprevisto e acaba que não se conclui. Eu diria pra vocês que nós estamos vivendo talvez o pior momento da questão de produção. A gente já teve outras interrupções no passado, mas foi por questões de fechamento de fábricas por protocolos sanitários, mas neste momento o que reflete mesmo é a falta de componentes", concluiu.

De acordo com a Fenabrave , o ranking de setembro, que apontou queda na venda de carros novos, entrou na história entre todos os meses de setembro, desde 1957.


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